28 de set. de 2010

poetisa louca

Era uma poetisa meio louca,
às vezes se punha a olhar as flores e os pássaros,
esquecia-se de que estava viva.
A natureza inteira vibrando
e ela, ali feito uma pedra, imóvel, encantada,
a espera, só Deus sabe do quê!
E, quando conseguia se mexer,
corria para seus velhos cadernos
e escrevia dias sem parar...
Esquecia-se de que estava viva.
Até que um dia, a morte a levou, de fato,
Na mão, um caderno já amarelado pelo tempo
com um  poema inacabado:
tenho buscado o amor que perdi,
mas começo a me sentir cansada, enfraquecida
Já não aguento mais tanta espera, tanta solidão!

Um comentário:

Cantinho_da_felicidade disse...

Oi minha amiga Edi, tudo bem? Como sempre brincando com as palavras, acho que quem é poeta, tem uma sensibilidade enorme de ver as coisas e colocar em formas de palavras. Acho que cada vez mais um dom raro, pq estamos perdendo a sensibilidade para muitas coisas. Conserve bem o seu e continue espalhando beleza. Se cuida. Tenha uma excelente semana. Fique com Deus. Beijão no coração